domingo, 24 de julho de 2011

Qual o papel do Assistente Social na sociedade brasileira atual?

Assistente social é o profissional que tem em mente o bem-estar coletivo e a integração do indivíduo na sociedade. Sua atuação é muito ampla: o assistente social estará onde for necessário, orientando, planejando e promovendo uma vida mais saudável - em todos os sentidos.

Mesmo quando atende a um indivíduo, o assistente social está trabalhando com um grupo social, pois entende que esta pessoa está inserida em um contexto no qual não se pode dissociar o individual do coletivo.

Esta "mãozinha" do assistente social é fundamental. Utilizando uma metáfora popular, podemos dizer que este profissional não é aquele que doa um peixe, mas o que ensina a pescar. É preciso diferenciar assistência de assistencialismo.

Em uma comunidade, por exemplo, o assistente social pode atuar incentivando a tomada de consciência dos integrantes. Isto significa ajudá-los a perceber sua capacidade de expansão e crescimento, para que aprendam a satisfazer suas necessidades e utilizar melhor seus próprios recursos.

No setor público, que emprega a maioria desses profissionais - 80% da categoria -, ele desenvolve campanhas de saúde, educação e recreação. Em grandes empresas privadas, por sua vez, pode prestar assessoria na área de recursos humanos.

Em uma penitenciária, por exemplo, ou em abrigos de menores, o assistente social desenvolve um trabalho de reintegração social. A idéia é fazer com que esses indivíduos marginalizados sintam-se.

Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: Esboço de uma interpretação histórico-metodológica

Neste trabalho os autores buscam analisar e aprofundar o Serviço Social como profissão na sociedade capitalista brasileira no período de 30 a 60. Visualizando a profissão dos Assistentes Sociais, inserida no processo de reprodução das relações sociais. Se afirmássemos que a Instituição S.Social é produto da realidade social mais abrangente, expressaríamos apenas um anglo da questão, a profissão se afirma como instituição peculiar na e a partir da divisão do trabalho social, respondendo as necessidades sociais derivadas da prática histórica das classes sociais na produção e reprodução dos meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada. Assim, ao produzirem os meios de vida, os homens produzem sua vida material onde o grau de desenvolvimento da divisão social do trabalho expressa o grau de desenvolvimento das forças produtivas sociais do trabalho.

 O S.Social surge como um dos mecanismos utilizados pelas classe dominantes como meio de exercício de poder na sociedade, modificando-se em função das características diferenciadas da luta de classes e das conseqüências do capitalismo. Tendo o trabalho como potência que só se exterioriza em contato com os meios de produção, só sendo consumido, ele cria valor. O consumo dessa força de trabalho pertence ao capitalista, do mesmo modo que lhe pertencem os meios de produção. Onde o trabalhador sai do processo de produção da mesma maneira como entrou, como mera força de trabalho, como fonte pessoal de riqueza para outros e assim verifica-se que até os seus meios de vida estão monopolizados também pela classe capitalista onde os trabalhadores entregam diariamente o valor de uso de sua força de trabalho, gerando na classe trabalhadora uma antítese consigo mesma, os próprios meios de sua dominação, é a sua condição de sobrevivência.

 Nesse contexto observa-se que capital e trabalho assalariado se criam mutuamente no mesmo processo e onde este processo de produção capitalista é ao mesmo tempo um processo de relações sociais entre classes. Como a totalidade da vida social na reprodução do capital supõe a recriação ampliada da classe trabalhadora e do poder da classe capitalista, esta também é responsável pela geração de uma reprodução ampliada da pobreza e da riqueza que permeia as relações de classes a qual se expressa na luta de classe. Com o exposto, os autores procuram explicitar como o próprio processo de exploração produz a sua legitimação e como, através da prática política, este descompasso no funcionamento da sociedade pode ser superado. O S. Social no Processo de Reprodução das Relações Sociais. O S. Social como instituição componente da organização da sociedade, reproduz pela mesma atividade, interesses contrapostos, respondendo tanto a demandas do capital como do trabalho e só pode fortalecer um ou outro pólo pela mediação de seu oposto.

 Tanto participa dos mecanismos de dominação e exploração como da resposta às necessidades de sobrevivência da classe trabalhadora e da reprodução do antagonismo nesses interesses sociais, reforçando as contradições que constituem o móvel básico da história, estabelecendo uma estratégia profissional e política para fortalecer as metas do capital ou do trabalho não o excluindo do contexto da prática profissional uma vez que as classes só existem inter-relacionadas, por essa razão é que existe a possibilidade de viabilização do profissional colocar-se no horizonte dos interesses das classes trabalhadoras. Para tal, o S. Social se desenvolve como profissão reconhecida na divisão do trabalho no cenário do desenvolvimento industrial e da expansão urbana. No Brasil afirma-se como profissão integrada ao setor público frente à ampliação do controle e da ação do Estado junto à sociedade civil. Através da Portaria 35, de 19/04/1949, do Ministério de Trabalho, Indústria e Comércio, o S. Social é enquadrado no 14º grupo de profissões liberais.

Porém, apesar da regulamentação, não apresenta uma tradição de prática peculiar às profissões liberais na acepção corrente do termo. Historicamente, ele não é um profissional autônomo que exerce independentemente suas funções, porém não exclui os traços que marcam uma prática liberal que viabilize em seus agentes especializados uma certa margem de manobra e de liberdade no exercício de suas funções institucionais. Um código de Ética. Na relação e no contato direto com os usuários, abri-se a possibilidade de reorientar a forma de intervenção e da interpretação do papel desse profissional. Com a indefinição do que é e do que faz, abri-se ao A. Social a possibilidade de apresentar propostas de trabalho que ultrapassem a demanda institucional. Porém, dentre as organizações institucionais que mediatizam o exercício profissional dos Assistentes Sociais, o Estado ocupa uma posição de destaques por ser tradicionalmente um dos maiores empregadores desse profissional no Brasil. Em suas origens, o S. Social no Brasil está intimamente vinculado a iniciativas da Igreja especialmente de sua parcela feminina, predominantemente vinculada aos abastados setores da sociedade.

Sua ideologia é justificada na doutrina social da Igreja configurando-se com um caráter missionário à atividade profissional. Dentro da perspectiva profissional de apostolado social a vocação de servir é concebida como uma escolha, oriunda de um chamado, justificado por motivações de ordens éticas, religiosas ou políticas, só podendo aderir indivíduos dotados de certas aptidões particulares e dispostos a engajar toda a sua vida em um projeto que, antes de ser um trabalho, é uma missão. Dessa imagem deriva-se o caráter missionário da figura do profissional que vem desenvolvendo suas atividades nas qualificações da linha divisória da profissão que se desencadeia por motivações puramente pessoais e idealistas.

Fonte:
http://pt.shvoong.com/books/1745057-rela%C3%A7%C3%B5es-sociais-servi%C3%A7o-social-brasil/#ixzz1T3nbxG4I

terça-feira, 19 de julho de 2011

Vídeo em comemoração ao Dia do Assistente Social - 2011

 

UFF seleciona professor substituto para Serviço Social e Política Social

O Departamento de Serviço Social de Niterói da Universidade Federal Fluminense (UFF) está contratando professor substituto para a área de Serviço Social e Política Social. A única vaga será para regime de 20 horas semanais e contratação como Assistente.

Os interessados podem se inscrever entre 21 e 25 de agosto, das 14h às 18h, na Escola de Serviço Social, Campus do Gragoatá, Av. Visconde do Rio Branco, s/n, Bloco E, 5º andar, sala 523, Secretaria, São Domingos, Niterói.

A seleção será feita entre os dias 27 e 29 de agosto, por meio de prova de aula, entrevista e análise curricular. Para concorrer à vaga é preciso ter graduação em Serviço Social e mestrado em Serviço Social ou Política Social. O edital está disponível no
site da UFF.

Mais informações pelo telefone (21) 2629-2727.

Por Marla Rodrigues
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Assistência Social e Assistencialismo (Entenda a diferença entre essas duas ações,)

Muito e muitos falam de assistência social. Essa expressão, como a própria coordenadora da seccional Juiz de Fora do Conselho Regional de Serviço Social de Minas Gerais (CRESS), Cris do Vale (foto abaixo) afirma, ainda é motivo de muita confusão no que diz respeito ao seu verdadeiro significado.

Ao contrário do que o senso comum difunde, a palavra assistência social não se resume a idéia de ajuda ou benesse.

A assistência social, foi regulamentada em lei no ano de 1993. A partir dessa data, ficou instituído que todos possuem o direito ao benefício. Ou seja, ela é uma política pública de atenção e defesa dos direitos. E são várias as áreas que podem trabalhar com a sua garantia: desde psicólogas, enfermeiras, até assistentes sociais e comunicadores.

A assistência, então, entendida dessa forma, extrapola o sentido do assistencialismo, da doação de algo ou prestação de serviço a alguém. Como explica Cris, ela é destinada à população mais vulnerável, com o objetivo de superar exclusões sociais, defender e vigiar os direitos da cidadania e da dignidade humana. E não pode ser entendida como uma ajuda, que é o princípio fundamental do assistencialismo e voluntariado.

Quem pratica o voluntariado, que tem bases no assistencialismo, atende alguém que está necessitado. Para a coordenadora da seccional do CRESS em Juiz de Fora, as atividades de uma assistente social, por exemplo, que tem como área de intervenção a assistência social, mais que atender, formula políticas e programas, analisa dados, coordena programas e planeja atos futuros com os dados que lhe estão a mão.

Um exemplo prático criado por Cris do Vale para exemplificar a diferença de assistencialismo e assistência social: um ex-morador de rua arruma um emprego. Pelo que se imagina, apesar de ter saído da rua e estar de vida nova, é possível que ele continue a gastar seus primeiros salários como se estivesse morando na rua, visto que ainda um trabalho de reeducação ainda não foi implementado nele. Imaginemos que ele caia e quebre os dentes.

Praticar assistência social, nesse caso, é analisar e trabalhar sua mudança, agindo com ele de forma a ajudar que ele, sozinho, encontre suas saídas e controle o seu dinheiro para arrumar seus dentes por ele mesmo. Praticar assistencialismo é dar um novo tratamento dentrário pra ele, o que para Cris, não vai ajudá-lo a mudar, a refletir sobre suas ações.


Definições que geram confusões


• Assistencialismo:É um acesso a um bem através de doação ou de serviço prestado individualmente. Está ligado ao voluntariado •Assistência Social: Política pública de atenção e defesa de direitos, e é regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). •Serviço Social: É uma profissão que atua no campo das políticas sociais, entre elas, a assistência social.
 
FONTE:  http://ayllamilanez.blog.com/2008/04/25/assistencia-social-e-assistencialismo-entenda-a-diferenca-entre-essas-duas-acoes/

Principais atividades desenvolvidas Serviço Social nas unidades de internação, emergência e ambulatório

A atuação do Serviço Social na área hospitalar se refere a atribuições específicas que influenciam diretamente nos problemas e dificuldades apresentadas pelo paciente ou familiares, e que dizem respeito à área das necessidades humanas e sociais.
No HU, a equipe do Serviço Social conduz um trabalho de orientação, encaminhamento e acompanhamento de pacientes e grupos de indivíduos de diferentes segmentos sociais, no sentido de identificar recursos e fazer uso deles no atendimento e na defesa dos seus direitos.
 Na relação com os dispositivos comunitários e institucionais, as assistentes sociais mantém canais e mecanismos de articulação com instituições públicas, particulares, ONG’s (Organizações Não-Governamentais) e outros serviços, a fim de assegurar a qualidade do serviço oferecido ao usuário do hospital. Este setor também atua junto a equipe multidisciplinar de saúde, contribuindo para que o processo de reabilitação do paciente aconteça de maneira mais rápida e eficiente, visando o aproveitamento máximo da assistência à saúde.
Principais atividades desenvolvidas Serviço Social nas unidades de internação, emergência e ambulatório:
· visitar os pacientes das enfermarias e emergência, visando a resolução de problemas sociais e o fornecimento de orientações e esclarecimentos acerca das normas e rotinas do hospital; · notificar os conselhos municipais: criança e adolescente, idoso, assistência social, entre outros; · comunicar a alta e orientar sobre o processo de saída da unidade hospitalar. Tomar providências relacionadas à alta de pacientes portadores de doenças crônico-degenerativas e infecto-contagiosas, e vítimas de violência (urbana e doméstica); · contatar os postos de saúde dos municípios de abrangência da DIR XVI (Divisão Regional de Saúde) para solicitar ambulâncias para alta, remoção e transferência do paciente; · orientar os casos de óbito: informar sobre direitos de seguros, previdência, funeral; · convocar paciente para retorno ambulatorial e reforçar a importância da continuidade do tratamento; · comunicar e orientar os pacientes quanto a data, horário e local de cirurgias eletivas, hospital dia e exames; · contatar por telefone e/ou telegrama a alteração de datas de agendamento de consultas/cirurgias; · orientar os familiares e/ou paciente, no caso de cirurgia de grande ou médio porte, sobre a importância e necessidade de doação de sangue; · inserir usuários especiais na rotina, após avaliação do caso; · trabalhar preventivamente na democratização de informações e conhecimentos voltados para a promoção da saúde, prevenção de doenças, danos, riscos e agravos para o tratamento médico. Reforçar a importância de campanhas e mutirões que o hospital realiza; · agendar o exame PKU (teste do pezinho) e o retorno ambulatorial do recém-nascido.

Tudo sobre o curso de Serviço Social







Pedimos à coordenadora do curso de Serviço Social, Odalisca Moraes, para falar um pouco sobre a profissão e o mercado de trabalho. Se você está pensando em escolher esta graduação, essa é uma ótima oportunidade para tirar suas dúvidas e ficar por dentro do curso de Serviço Social da Unicap, que está completando 50 anos.

O curso de Serviço Social da Unicap tem duração de quatro anos contando com oito períodos e está custando atualmente R$ 763,33. O assistente social é o profissional que atua na realidade, de modo a resolver as mais diversas problemáticas sociais (exploração de trabalho infantil, violência contra a mulher, violência contra o idoso, o trabalho de responsabilidade social das empresas, dentre outras). Neste sentido, o/a assistente social estará habilitado para: elaborar, executar, avaliar projetos sociais, programas e políticas sociais; além de planejar, organizar, administrar benefícios sociais, prestar assessoria e consultorias aos órgãos públicos, empresas, ONG’s, movimentos sociais, visando a garantia dos direitos e realizando visitas domiciliares, perícias técnicas, laudos e pareceres sociais.

Em relação ao perfil do aluno, o estudante que escolhe o curso de Serviço Social é 80% do sexo feminino. Porém, esta realidade vem mudando ao logo do tempo visto que, a maioria conhece a profissão através de algum familiar que é da área ou porque foi atendido por um/a profissional.

Nesse contexto de transição entre estudante e universitário, a coordenadora ainda diz que a maior diferença que encontra entre o ensino médio e a universidade é o fato de que o jovem se especializa em algo (uma profissão). O futuro aluno em serviço social pode esperar um curso atualizado, pois desde 2010 ele está com o projeto pedagógico novo onde foram feitas algumas mudanças, tornando o curso muito mais adequado às necessidades do mercado de trabalho. Neste sentido, foram introduzidas novas disciplinas, tais como: serviço social e meio ambiente e serviço social e relações de gênero.

Por fim, dentre as várias áreas de atuação do assistente social no mercado de trabalho, há:
a) saúde: hospitais, centros de saúde, clínicas, etc.
b) educação: escolas, creches, entre outros.
c) empresas.
d) asilos, casas de repouso, etc.
e) órgãos do governo (municipal, estadual e federal): secretarias de assistência social, de saúde, dentre outras.
f) movimentos sociais.
g) sistema penitenciário.
h) ONG’s,
i) previdência social,
j) conselhos de assistência social da criança, do adolescente e do idoso.
Para mais informações sobre o curso de Serviço Social da Unicap, entre aqui.

A política de educação no Brasil: implantação do serviço social escolar

Por: André Michel dos Santos
 
Resumo: Este trabalho tem como finalidade contribuir com o processo de discussão sobre a presença do Serviço Social na Educação, enquanto demanda crescente aos profissionais do Serviço Social, produzindo significativos e desafiadores avanços permeados por inúmeras incertezas, principalmente no que se refere à sua forma de inserção na Política Social da Educação. O artigo apresenta atribuições e competências adquiridas ao profissional que deseja trabalhar nesta área, bem como procura fazer um resgate histórico explanando sobre a Lei de Diretrizes e Bases, citando à atual situação do setor educacional e mostrando de uma maneira valorativa a importância do trabalho do assistente social no âmbito educacional.

Palavras chaves: Escola; Política Educacional; Serviço Social;

Introdução Com a educação, o homem se instrumentaliza culturalmente, capacitando-se para transformações tanto materiais como espirituais. A educação é o cerne do desenvolvimento social, sem ela, até mesmo as sociedades mais avançadas retornariam ao estado primitivo em pouco tempo. Depende-se dela para formar assistentes sociais, psicólogos, médicos, engenheiros, cientistas, professores e tantos outros profissionais, além de oferecer uma base de conhecimento para todas as pessoas. Leia mais aqui

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Quer um mundo melhor? cuide bem das crianças

      Este espaço visa compartilhar experiências profissionais na assistência a saúde da criança, em particular, às vítimas de violência de toda ordem.
      Considerando-se a grande diversidade e dinamicidade das expressões da questão social, a troca de vivências profissionais tem relevante papel no intuito de qualificação da assistência prestada e na construção do projeto ético-político sintonizado com os anseios de igualdade e de justiça social.
       Veja também as seções de apresentações em Power Point, dicas de filmes, sites e bibliografia.
       Se possível, deixe seu comentário. Ele, certamente, contribuirá para melhorar o espaço e catalizar o potencial para outras iniciativas.
Se desejar, entre contato pelo e-mail ou add no MSN ou Orkut.

Um grande abraço.